terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Para hoje, um soneto...




Adoro, todas as obras de "Vinicíus"...
Mas, este soneto é um dos meus favoritos...

* Soneto da separação

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

(Vinícius de Moraes)



4 comentários:

Anônimo disse...

Vinícius não precisa de palavras minhas. Escolha excelente!

Bjca!

Claudia

Daniel Savio disse...

Hum, palavras incriveis, mas quais sentimentos elas se encerram senhorita Silvia?

Fique com Deus, menina.
Um abraço.

Camila C. disse...

Oi Silvia!

Adoro Vinícius! Sou apaixonada pelo Soneto de Fidelidade...
Crio uma energia incrível qdo o leio! É algo mágico, inexplicável...

Boa semana pra ti! Bjs

Daniel Savio disse...

Boa sorte na cirurgia.

Fique com Deus, menina Silvia.
Um abraço.